terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Medo no Cão .

Você alimenta o medo do seu cão. Entenda a psicologia por trás do medo e aprenda como prevenir uma fobia.





A fórmula do medo: 
Medo = Insegurança (baixa auto-estima) + Trauma (evento aversivo causado por agente externo).

Cães nascem mais dominantes ou mais submissos e os mais submissos tem uma predisposição maior à insegurança. Na natureza eles jamais desenvolvem uma fobia, pois o comportamento de medo é ignorado pela matilha, obrigando o cão assustado a seguir em frente. Os cães criados entre humanos têm o seu medo reforçado pelos donos e, ao invés de seguirem em frente, como na natureza, estagnam no quadro de medo e o intensificam desenvolvendo fobias.


Como reforçamos e intensificamos o medo de nosso cão?

O ser humano não só humaniza seus cães como também os infantiliza, consequentemente, usam a psicologia infantil para lidar com o medo do seu animal de estimação. Um bebê precisa se sentir protegido pela mãe quando tem medo, um cão precisa ser liderado com energia calma e firme quando tem medo. Uma cadela apenas dá ferramentas para que seu filhote cresça forte pra ganhar a vida tão logo seja possível, facilitando seu amadurecimento. A mãe humana tem por hábito, viver a vida do filho até este não suportar mais, dificultando o amadurecimento.

Reforçamos o medo com carícias e palavras de consolo quando o cão está neste estado. Ao contrário do que se possa imaginar, isso não funciona como alento ao animal e sim como uma recompensa por sentir medo. É como se disséssemos “Bom garoto, sinta mais medo!” e, este medo irá aumentar gradativamente até virar uma fobia incontrolável.

Um bom exemplo desse reforço de medo é a clínica veterinária. Quase todo cão mais submisso tem medo de clínicas, justamente por tentarmos acalmá-lo de maneira errada, muitas vezes incentivada pelos próprios veterinários, que embora sejam os maiores conhecedores de saúde animal, não aprendem psicologia canina na faculdade.


O que fazer com um cão inseguro?

Devemos ignorar o medo. Não olhar, não tocar e não falar com um cão nesse estado. Se fizermos isso desde o primeiro sinal de medo, raramente evoluirá. Se seu cão já desenvolveu o medo, tente antecipar o evento causador do trauma e, antes que os sintomas apareçam convide-o para uma atividade que ele goste (passeio, brincadeira, treinamento com petiscos, etc.), ele irá associar o evento, antes traumatizante, a uma atividade positiva e perderá o medo.

Essas dicas funcionam para cães que ainda não desenvolveram ou estão no nível 1 de medo. Se o cão está no nível 2 ou já desenvolveu uma fobia, é necessário consultar um profissional em comportamento canino, pois será preciso uma terapia comportamental o mais rápido possível, antes que o problema evolua ainda mais.

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